terça-feira, 26 de agosto de 2008

Sem comentários...


Noite ainda.


Ainda não é madrugada
Mas você teima em repetir as palavras
Ressoando até zunir.

Ainda não é madrugada
E estou nessa estrada
Me pondo sempre a sorrir.

É noite em nossa cidade
E em plena mocidade
Custamos pra divertir.

É noite em nossa cidade
Tu queres proximidade
Mas não pode me seguir.

Cambaleante de sono
Esfarrapando abandono
Custo aceitar à dormir.

Cambaleante de sono
Temendo arrepender-me como:
Deixei: um dia, uma chance esvair.

Ainda não é madrugada
Mas se ainda estou nessa estrada
Vê se me deixa seguir!

D'u Carvalho.

Foto: Desconhecido

domingo, 24 de agosto de 2008

Folclore Brasileiro!


Saci Pererê
Moleque peralta
Perdeu uma perna
Não tá nem aí...
Vive aprontando
Fazendo arruaça
Pulando as cercas
Pra roubar caqui...

Vermelho é seu gorro
Na boca um cachimbo
Um sorriso maroto
De menino ou de quê?
Um dia te pego
Numa roda de vento
Te boto num vidro
De castigo, lá dentro...

Mas fazer o que com o diabinho trancado?
Que triste vai ficar a floresta sem você...
E pro caboclo explicar...
Vai ficar complicado...
O alvoroço das galinhas,
O sumiço das porquinhas...

Se não foi o Saci
Quem esteve por ali?
Pererê!Peraí!Eu sei do seu vem e vai com o vento...
Mas com o tempo, também me acostumo a correr...
Só não bote a carapuça
Para que eu possa te ver!
E lembre-se de rir bem alto, mata adentro
Ouvindo sua risada
Não me perco de você!

Monteiro Lobato.

"Erudítos Baianos"

Não concordo totalmente com Antônio Natalino Dantas ( Ex-Professor e coordenador da UFBA que causou polêmica por julgar o Q.I. dos baianos como baixo), mas também não acredito que isso seja musica!
Música: Raspadinha
Banda: O Back (Pagode baiano)
Raspadinha, raspadinha...
- Êta Danada!
Raspadinha, raspadinha...
Esse O Báck heim, todo mundo na raspadinha!

Ela tenta botar no veó,
ela tenta botar moicano.
Tenta botar, tenta botar, e tenta botar.

Mas ela gosta de fazer...
Raspadinha
Raspadinha
Raspadinha
Raspadinha.

Eu adoroRaspadinha
Vai raspando
Raspadinha
Raspadinha
Bem bonitinha
Raspadinha
Bem lisinha
Raspadinha

-Esse é O Báck..

O barbeador, cera quente.
Fica lisinho, diferente.
Barbeador, cera quente.

Fica legal.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Recado meu à Cristo..


De que adiantou teu sangue, meu irmão?
Se nós, não a ti reconhecemos
Se teus conselhos desobedecemos
De que adiantaste teu amor e compaixão?


Hoje nos vemos em guerra
Matando a nós mesmos,
Nos é imposto o desespero
Nem pareces ter passado pela Terra.

Peço então Jesus, não voltes
Não nos dê mais uma chance
E morrer novamente por traição.


Não te quero rever sofrer
E suplico que não venhas, pois:
De que adiantou teu sangue irmão?


D'u Carvalho.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Um Palhaço Sem Plateia..


No começo da minha vida, quando era bem pequeno, tinha medo de palhaços. Com o eterno e comum medo humano do desconhecido, sabia que maquiagem, nariz artificial, peruca e outros acessórios cobriam a verdadeira aparência e personalidade desses homens. Ficava horrorizado!

Na infância não mais tinha medo, porem , os via como idiotas, babacas que se esforçavam pateticamente para arrancar sorrisos da plateia, custasse o que custasse. Uma visão bastante sarcástica para idade, não? Mas eu pensava assim!

Até que um dia, um trabalho escolar levou-me junto as colegas de sala a entrevistar as pessoas que trabalhavam e viviam a vida num circo. E lá fomos nós atrás do circo...

Assistimos a um espectáculo que deixou muito a desejar, pois o circo vive atualmente a pior crise, os palhaços de hoje não são como os de ontem. Predomina agora, a cultura do besteirol, da piada vulgar, do humor sem inteligência e de números que parecem atender somente a maiores de 18 anos.

Vimos mulheres e seu numero de dança e de roupas quase que eróticas, palhaços falando palavrões e apelando à brincadeiras de mal gosto com a plateia e incitando a criançada a reproduzir tudo aquilo.

Ao fim do espetáculo, o publico se foi e o interior das velhas e sujas lonas já estava quase que vazio, nos dirigimos então à um dos palhaços para entrevista-lo, ele aceitou!
A conversa começou de inicio meio contraída,mas nos pomos a fazer perguntas:

-E sobre a vida no circo , qual a maior retribuição de ser palhaço?
E ele nos respondeu:
-Estar a frente do público, fazer com que todos eles riam e fiquem alegres é gratificante e chega a compensar momentaneamente o pouco valor que a sociedade num todo nos dá.Existe também péssima remuneração, retorno e dificuldades dessa profissão que só faz levar diversão as pessoas.

E assim conversa vai e conversa vem até que uma colega resolve perguntar:
-E na realidade, o palhaço é feliz?
Percebemos então, o olhar do palhaço que agora é homem mudar ao olhar para a arquibancada vazia, ouvir as gargalhadas distantes e o silêncio da musica parada, com a seriedade regressada dos companheiros e diz:
-Não!
Eu não sou feliz! Apesar desses mínimos momentos de alegria, tenho essas dificuldades e muitas outras, sou humano como qualquer outro, tenho carência e saudade, a diferença é que na vida eu sou um palhaço sem plateia!
"ESCONDO MINHAS TRISTEZAS NO ESPETÁCULO COMO ESCONDO MINHAS RUGAS PELA MAQUIAGEM"!


D'u Carvalho

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O Grande Homem.


Que todos tenham comida para alimentar seus corpos.
Que todos tenham fé, para suprir seus espíritos.
Que cada um tenha o bem para seguir inatingível,
sempre para frente e acima.
Que todos tenham Deus no coração.
E amor para doar sem esperar reciproca.
Que cada amor saiba ser existente mesmo na dor.
E que cada um viva,
sem fazer mal ao próximo
nesse mundo que se vinga
de nosso egoísmo
e falta de cuidado para com ele.

D'u Carvalho.

Luar Flagrado.


Ah! E a lua que eu não posso te dar...

Acalma-te!

"Quando o terremoto dos dias tensos e agitados vier...
Acalma-te! Procura a calmaria das marés e a bonança
dos céus que existe em ti"

D'u Carvalho.

Até amanhã!


Mar Grande.


Travessia...

Negra Adimiração

Eu Sou o Preto Amor
Sou nêgo preto
Sou Raça Forte
Eu Sou O Negro!

D'u Carvalho.

Pôr...


A tua cor neon natural
em seu nascer eu adimiro
Ah! Sol que passa em Nazaré
Quando você se põe eu viro menino.

D'u Carvalho.

Purpúreo Entardecer..


A cor do céu num fim de tarde no alto na minha cidade
(Nazaré-Bahia-Brasil)

Cidade do Rio Moreno Ao Leo.


Os políticos da minha terra não conhecem a verdadeira essência política. Eles confundem os verdadeiros objetivos dos setores administrativos e cargos que infelizmente ocupam, com ódio, picuinhas e vingança; pondo suas "armaduras" e empunhando" suas "armas". Mas não em prol da cidade. Nazaré? Coitada de Nazaré!


O rio que é sua maior dádiva, como era o Nilo para a Mesopotâmia, está agonizando a beira da morte, não podemos nem toca-lo de tão poluído. Os prédios arquitetônicos remanecêntes da época do período colonial (que são verdadeiros patrimónios históricos desconsiderados) hoje se vem em destruição, como o antigo Serra Pelada e adjacentes da rua. E é ignorado o potencial turístico da cidade do rio moreno, cheia de charme.


Os proletariados da prefeitura passam somente à focar no básico do básico, pois, tem vezes que falta até o básíco: como o pagamento de funcionários. Assim as pessoas desecustumadas e elienadas passam a entender que receber em dia o pagamento devido, pelo trabalho é um grande feito do administrador que o faz, enquanto novamente lembro: isso é obrigação, básico do básico!

Não é preciso somente isso. A cidade é um todo, e todas essas coisas e pessoas estão sendo descuidadas e desperdiçadas por políticos egoístas, rivais e de mente pequena; que hoje tomam conta de nossa casa com "disse me disse", barracos na câmara e uma forma de política ferrenha que só faz atacar e contra-atacar em períodos eleitorais, esquecendo-se as propostas. Consequetemente temos depois mais quatro anos, onde eles só vão se por em direita e oposição para brigar por nada que não seja dos seus interesses e se não houve nem propostas, imagine meu amigo, ações!



Atenciosamente: D'u carvalho.

O Bicho.

"Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa
Não examinava nem cheirava,
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão
Não era um gato
E tampouco um rato
O bicho, meu Deus, era um homem."

Manuel Bandeira

Foto:(Desconhecido)

Nazaré em Hino.


"As águas do rio Jaguaripe
Refletem as imagens da minha cidade
Da minha cidade querida
Recanto de amor e de felicidade.

Tu és a terra morena
Cidade de Nazaré
Onde impera a bondade
A esperança e a fé.

Com essas grandes virtudes
Que Deus lhe fez possuir
Tu és garbosa, tu és honrosa
és uma jóia á luzir."

(Desconhecido)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ponte Nazarena D. Pedro I


Ponte elogiada por D. Pedro pela sua construção (contemporaneamente avançada) na sua passagem por Nazaré-Bahia-Brasil.

Negras Nazarenas Filhas Do Candomblé..


Se nenhuma
religião
obtém a verdade
universal,
Porque existe preconceito
entre elas
e umas se sobrepõem as
outras?

D'u Carvalho.

domingo, 17 de agosto de 2008

Só.


Solidão
Faz-me companhia
Vem dormir ao lado
Dia todo, todo dia.

Solidão
Perfume das minhas roupas
Violão de vozes roucas
Dia todo, todo dia.

Solidão
Clemendo por alguém
Algoz anseio de encontrar
Palavras de alegria.

Solidão
Sombra no meu pensar
Penumbra do meu olhar
Dia todo, dia, todo dia.

D'u Carvalho.

O que Deus veste..


Vejo, abaixo a este teto de varanda
Nuvens perpassantes no arredor celeste
De um azul tão limpo e claro
Como aquele que Deus veste.

Sinto, vento vindo das mínimas montanhas
Umidecido frescamente pelo rio
Das pontas de meus finos dedos
Ao meu mais comprido fío.

Natureza, bela natureza!
És predileta obra de arte
Quadro que era branco e Deus pintou
Que Eu também faço parte.

Eu sou somente uma gota
Desses rios e oceanos
Mas posso ser aquele fruto
Que dá só de ano em ano.

D'u Carvalho