terça-feira, 23 de novembro de 2010

Um Desalme..


Mataram-me numa rua
E me disseram pra eu ficar
De braços cruzados noutra
Esperando minha alma absorta
Passar pra eu a resgatar.

D'u Carvalho.

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Um dia me dei conta de que, para continuar crescendo,
era urgente iniciar uma faxina dentro de mim.
Eu precisava de mais espaço aqui dentro e,
no entanto, havia muitas lembranças
inúteis e indesejáveis ocupando o lugar
da alegria e dos sonhos.
Um canto estava abarrotado de ilusões,
papéis de presente que nunca usei,
algumas mágoas, risos contidos e livros que nunca li.
Espalhados por todos os lados, havia
projetos de vida abortados e decepções.
Abri o armário e joguei tudo no chão.
Foram caindo: desejos reprimidos, olhares de crítica,
palavras arrependidas,
restos de paixão e ressentimentos estúpidos.
Mas haviam coisas importantes no meio de tudo:
um brilho de esperança, o amor maduro,
algumas boas gargalhadas, momentos de ternura e paz,
desafios e bastante amizade.
tudo que servia para que eu continuasse crescendo.
E depois, tratei de varrer
Não havia dúvida, basta!
Limpei todas as recordações empoeiradas,
passei um pano nos ideais,
pendurei os sentimentos nobres nas paredes mais claras,
guardei nas gavetas todas as boas lembranças,
Fiz um polimento na esperança,
perfumei a criatividade e abri a porta
para que o meu espaço fosse invadido
por algo que estava faltando para o meu crescimento pessoal:
a capacidade de recomeçar.