sábado, 24 de abril de 2010

Cinza.


Na multidão de baforantes
a minha tosse é desejosa
mas maldito seja eu

se sucumbir à esse seu

vício que a boca goza...

De pintar os lábios de cinza

na neblina de alienação

porque fazer dos meus pulmões

chaminés, sujos porões
F.u.m.a.c.e.i.r.a i.n.a.l.a.ç.ã.o.


D'u Carvalho.

Um comentário:

Petro disse...

Belo poema. Bem feito e certeiro nos sentidos...
A propósito, você é meu conterrâneo jaguaripense?
Saudade deste pedaço belo de mundo.